A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem avançado que pode ser utilizado no diagnóstico de muitas doenças, como a endometriose. Isso porque ela fornece uma avaliação ampla da pelve, com aquisições em múltiplos planos e ótima resolução anatômica e espacial.
No entanto, vale ressaltar que esse exame não é o método de escolha para o diagnóstico inicial da endometriose, uma vez que o padrão ouro para a detecção dessa doença é a inspeção laparoscópica. Mas, apesar disso, a ressonância magnética se faz necessária em muitos casos de endometriose, pois fornece informações valiosas que complementam o diagnóstico e auxiliam no planejamento do tratamento.
O que é ressonância magnética?
A ressonância magnética é um exame de imagem capaz de criar imagens detalhadas do interior do corpo humano por meio de um campo magnético forte e de ondas de rádio. Ela é amplamente utilizada para diagnosticar diversas condições, pois fornece informações minuciosas sobre os tecidos moles do corpo, como órgãos, músculos, articulações, vasos sanguíneos e o sistema nervoso central.
Além disso, a ressonância magnética é uma técnica não invasiva e que, geralmente, não causa dor ou desconforto. Ela também não emite radiação ionizante como a radiografia, por isso pode ser realizada até mesmo por gestantes.
O que é endometriose?
A endometriose ocorre quando um tecido semelhante ao revestimento uterino, chamado endométrio, cresce fora do útero, como nos ovários, bexiga e intestino, por exemplo. Normalmente, o endométrio é eliminado do corpo durante a menstruação, mas nas pessoas com endometriose, isso não acontece de forma eficiente. Nesse caso, a paciente pode apresentar:
· Dor pélvica intensa;
· Dor durante as relações sexuais;
· Sangramento menstrual excessivo ou irregular;
· Cólicas menstruais intensas;
· Dor ao urinar ou defecar;
· Fadiga;
· Infertilidade.
Embora a endometriose seja uma condição crônica e não tenha cura definitiva, existem várias opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher. Por isso, a realização de consultas e exames com médicos especializados é muito importante.
Importância da RM para o diagnóstico da endometriose
Apesar da laparoscopia, cirurgia minimamente invasiva, ser o principal método diagnóstico da endometriose, a ressonância magnética também é muito importante em algumas situações, tais como:
Avaliação da extensão da endometriose: a ressonância magnética é capaz de fornecer informações relevantes sobre a localização e extensão das lesões da endometriose, como as lesões profundas, que podem não ser visíveis em exames físicos ou ultrassonografias.
Identificação de lesões nos órgãos adjacentes: a endometriose costuma afetar órgãos adjacentes, como os ovários, trompas de falópio, bexiga ou intestino. Nesse caso, a RM pode ajudar a identificar essas lesões e determinar a extensão delas, contribuindo para o planejamento cirúrgico.
Avaliação da resposta ao tratamento: em alguns casos, a ressonância magnética pode avaliar a eficácia do tratamento da endometriose, identificando mudanças nas lesões ao longo do tempo.
Endometriose ovariana: no caso da endometriose ovariana, a RM é o melhor método de imagem para avaliação das lesões. Inclusive, ela é o padrão ouro para a detecção desse tipo de endometriose, pois possui taxas de acerto acima de 95%.
O diagnóstico precoce da endometriose favorece a realização adequada do tratamento, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida da mulher. Por isso, em caso de sintomas, consulte um médico especialista e realize todos os exames que ele recomendar, como a ressonância magnética, por exemplo.